...Às vezes dá-me p`a ler outras pra escrever, às vezes dá-me p`ouvir outras pra cantar, às vezes dá-me p`a rir outras p`a chorar... Eis que apenas "eu" e os "outros" vivemos no mesmo mundo, não assim tão longe...

29/11/2009

...steve vai ... tristeza vai...

que fim de semana de caca... começou bem mas acaba mal

estava a estranhar... mais nada pra me acontecer ?!

com toda esta revolta, que me deu... pra guitarrar... e não é que é desta é que me decidi que vou mesmo tentar aprender a tocar guitarra nos próximos tempos

estou encantada com esta guitarra... aaaaahhhhhhh e onde terei eu já visto uma igual?!


27/11/2009

...abarcar...


aguarela de A Ameos

Mesmo que sejamos capazes, não conseguimos abarcar tudo.

Os barcos de hoje, ou são muito pequenos e marejam vazios, ou são muitos grandes e navegam carregados demais.
Os vazios por pequenos e inconstantes, percorrem mares à deriva, à procura de uma substância que os não afunde.
Os carregados por grandes e seguros, enchem-se do muito que os levará a um sem fim de portos em aguardas fundadas.

Por aparecer ou aparecidos, esquecidos ou por esquecer, próximos ou distantes, uns e outros, barcos vazios e barcos cheios, aglomeram-se nesse agitar de ondas que por fim, os justaporá à transbordante quietude de uma térrea chegada.

26/11/2009

...porquê?...



porquê?!...


porque desistes de mim?


porque me deixas resistir?


porque não me vês aqui


e como preciso de ti?

...vou te amar...assim...

hoje pediram-me para passar e ... passei... e passei-me!!!
lucas e mateus : vou te amar assim...




"Você ficou em mim dentro de minha alma
Feito tempestade que nunca se acalma
Amor que me pegou de um jeito inesperado
Teu nome é um grito preso na garganta
Te vendo acompanhada parecendo santa
E eu querendo ser quem está do seu lado

Será, (será)
Do jeito que você quiser assim será
Mesmo que toda vida tenha que esperar
Eu ficarei guardado nesse sentimento

Vou te amar assim
A felicidade é o meu castigo
Será que tanto amor pra mim é proibido?
Estou morrendo aos poucos por sonhar contigo

Vou te amar assim
Desejo a sua boca sem poder beijá-la
Desejo a sua pele sem poder tocá-la
E queimo de vontade a cada madrugada
Vou te amar assim
Vou te amar assim
Vou te amar assim

Assim vou caminhando numa corda bamba
E sigo as tuas marcas feito tua sombra
Preso nesse amor que eu quero noite e dia
O tempo vai passando como o vento forte
E eu aqui largado a minha própria sorte
Contando os segundos pra você ser minha

Será (será)
Do jeito que você quiser assim será
Mesmo que toda vida tenha que esperar
Eu ficarei guardado nesse sentimento

Vou te amar assim
A felicidade é o meu castigo
Será que tanto amor pra mim é proibido?
Estou morrendo aos poucos por sonhar contigo

Vou te amar assim
Desejo a tua boca sem poder beijá-la
Desejo a sua pele sem poder tocá-la
E queimo de vontade a cada madrugada

Vou te amar assim
Vou te amar assim
Vou te amar assim"


a musica n tem nada a ver, sei lá, nem é bem o meu estilo, as vozes também não,
mas a mensagem... a letra... o momento ... ui... há coisas tão taxativamente banais não há?
quantos milhares já não cantaram, não sentiram, não amaram, como eu, tu, nós, e não choraram assim a cantar, uma despedida...
que cena marada...tou a ficar mesmo piegas, lamechas , lelé da cuca... o amor dá-me cabo da moleirinha

25/11/2009

... adeus marta ...




- Estás disponível para mim ?

- Não...

- Então adeus...

- Adeus Marta !!!

Não foi, não... adeus não... Não foi, não hoje mas estarei em breve... não foi, amo-te e vou ficar contigo, foi apenas, não, e Adeus... Foi... é e será... E doi tanto que seja assim.
Não doi que seja, doi que seja assim!!!

23/11/2009

... não te amo ...



Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma.
E eu n'alma tenho a calma,
A calma do jazigo.
Ai! Não te amo, não!

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida - nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!
Ai! Não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.


Almeida Garrett

20/11/2009

...a dor que doi mais...




Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.

Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Martha Medeiros

19/11/2009

...rotina...




"...a simples rotina ás vezes torna-se na saudável rotina por tão simples que seja o desvio dessa rotina..."

escreveu algures alguém que assina amorinha

...

e é tão bom que faças parte da minha rotina rotineira

...ainda...

" Ainda consigo sentir o sabor dos teus lábios, o cheiro da tua pele, o som da tua voz… Fecho os olhos e ainda sinto as tuas mãos a percorrerem o meu corpo, ainda sinto a tua respiração ao meu ouvido, ainda sinto o teu olhar fixo no meu. Quero arrancar-te de mim, mas a verdade é que ainda estás demasiado entranhado no meu corpo, na minha alma, no meu ser… Não me queres, já me disseste… Mais do que uma vez até… Dizes que gostas, que chegas até a amar, mas não me queres. E eu espero, um dia… outro…outro e outro… E nada muda… Há um momento em que tudo muda, sentes a minha falta, não sabes o que fizeste, achas que foi o maior erro da tua vida… Mas passa, no instante seguinte, e afinal não devias ter dito nada daquilo… Estavas confuso, só isso! Pedes desculpa… eu desculpo… e volta tudo ao mesmo... Eu a sentir-te em mim como sempre senti, eu cheia de ti sem saber o que fazer aos dias sem que faças parte deles. Afundo-me em lembranças e recordações… Lembro a primeira saída, o primeiro beijo, a primeira noite que passámos juntos… Lembro como ríamos abraçados na cama, lembro-me da gargalhadas de menina ingénua e das lágrimas que chorei no teu peito… Lembro-me do abraço e dos carinhos, lembro o teu sorriso e a sede que tinhas de mim… Lembro os sonhos, os planos, as promessas… Lembro com mágoa tudo o que perdi… Tudo o que nunca tive… "

"..."  m.


só não posso prometer-te que não te incomodarei mais, aliás, nada posso prometer-te pois, também sei que não gostas de promessas... mas uma coisa te prometo : de cada vez que te pareça uma despedida... não é...
de cada vez que te pareça um adeus para sempre, é um volta depressa por favor... de cada vez que te pareça que gosto de ti, menos um bocadinho, quero que saibas que não, que te amo apenas mais um bocadinho e por isso me perco mais um bocadinho, por não te ter mais um bocadinho... nunca conseguirei despedir-me de um amor que me guia, mesmo que na maior escuridão
malu

16/11/2009

...sobras...

e eu que estava disposta a ficar com as sobras
vejo que nada sobrou

e eu que tanto queria juntar todos os meus pedaços
minhas sobras para te dar

vejo que não sobrou vontade alguma
depois de me veres despedaçar
em me recuperar

e eu que tanto amei a sobra de todo o amor que já não tinha
que vejo que só sobra o não ter
quem nunca me amou

afinal
sobra ainda algo
eu
malu


E sobra tanta falta no final


Sobra tudo que nos faz mal

E o que mais falta, afinal

Amor que já sobrou no carnaval



Sobra tanta falta, afinal

Amor que faltou no final

E no final do nosso amor

Só faltou o amor, afinal



E provo desse amor requentado

Frio como as sobras da almoço

De anteontem

Já perdeu o tempero e o sabor



E nas sobras e nas cinzas do amor

Nas nossas horas últimas e derradeiras

Não resta muito o que dizer

Só recolher nossos restos e continuar



Sobra tanta falta

Falta de mim, de nós, de amor

De tudo

Sobra tudo

Sobra tudo que há falta



Os restos de nós

Restou tão pouco

Estamos tomando os últimos goles

Mal dá pra sentir



Os restos de tudo

De tudo que é escasso e raro

De tudo que se foi

E que a gente acredita que ainda não morreu



Tentar ver se sobra alguma coisa

Mas falta tanta coisa

E sobra tanta falta no final
 
 

13/11/2009

...mais nada...



Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca,
não haverão de arrancar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula é triste como um ai.
A luz de um morto não se apaga nunca!
a rua dos cataventos de
Mario Quintana

12/11/2009

...É difícil...

a todos aos que alguma vez não consegui dizer tudo, o que "tinha pra dizer" hoje, cito pp :




"É difícil não se deixar arrastar pela cegueira maniqueísta: os bons contra os maus, e só nós sermos os bons. Qualquer pessoa sabe que não é possível isolar o pensamento dos sentimentos, sobretudo quando a tensão cresce, e como escreveu alguém que sabia mais, “Há sempre um pouco de razão na loucura, e um pouco de loucura na razão”. Não consigo deixar de me tornar permeável aos que me estão mais perto, sofrer com eles, preocupar-me com eles. Não gosto de ter opiniões, quanto mais de as escrever, porque fixar uma determinação é enfraquecê-la. Detesto convencer alguém de alguma coisa, porque já estive convencido de coisas opostas. Mas abomino o relativismo do vale tudo, o egoísmo do não ter nada que ver com isso, a injustiça mesmo quando provém da simples ignorância."
pedro paixão in
a cidade depois

10/11/2009

...extremos...




Não sei voar com os pés no chão
Não sei rir sem ser até chorar
Não sei chorar sem soluçar
Não sei ficar feliz sem abrir meu sorriso largo
Sou os extremos dos meus sentimentos

Não sei amar sem ser até sofrer
Mas para a minha sorte
Apenas os poetas morrem de amor

04/11/2009

..."normalidade"...


rufino


Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.

Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde